Corpo de Léo Batista será enterrado nesta terça-feira na cidade natal do jornalista, no interior de SP
21/01/2025
Um dos maiores nomes do jornalismo esportivo brasileiro, Léo Batista morreu no último domingo (19). Léo Batista
TV GLOBO / Cristiana Isidoro
O corpo de Léo Batista, um dos maiores nomes da história do jornalismo esportivo brasileiro, será enterrado em sua cidade natal, Cordeirópolis (SP), nesta terça-feira (21). O ícone da imprensa nacional morreu no último domingo (19) após ficar internado em hospital do Rio de Janeiro (RJ) por conta de um tumor no pâncreas.
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O corpo do jornalista foi velado em uma cerimônia aberta ao público, na sede do Botafogo, em General Severiano, na Zona Sul do Rio, na tarde desta segunda-feira (20).
Segundo a Prefeitura de Cordeirópolis, o velório na cidade natal ocorrerá das 15h às 17h desta terça.
"A cerimônia de despedida será aberta ao público no Velório Municipal. O corpo será sepultado no Cemitério Municipal de Cordeirópolis às 17h", informou a prefeitura.
Fãs, amigos e familiares se despedem de Léo Batista
Reprodução/TV Globo
No velório no Rio, atletas, clubes e outras organizações enviaram coroas de flores para homenagear o jornalista. Colegas de profissão estiveram no local para se despedir, assim como torcedores de vários times, principalmente do Botafogo, clube de coração de Léo.
No domingo (19), a Prefeitura de Cordeirópolis (SP) decretou luto oficial de três dias pela morte do jornalista.
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Início de carreira no interior de SP
João Baptista Belinaso Neto, como era o nome de batismo de Léo Batista, nasceu em 22 de julho de 1932. Ele iniciou a carreira na década de 40 em Cordeirópolis após ser aprovado em um concurso para locutor do serviço de alto-falante da cidade. "Serviços de alto-falantes América, transmitindo da Praça João Pessoa!”, lembra o amigo de infância.
🎙️O jornalista também atuou em Piracicaba nos primeiros anos da trajetória profissional, antes de seguir para o Rio de Janeiro. Por uma rádio da cidade do Nhô Quim, como é conhecido o XV de Piracicaba, time de futebol da cidade, Léo Batista foi chamado para narrar o jogo final da Copa de 1950, em que o Brasil perdeu para o Uruguai.
Léo Batista na apresentação do ‘Jornal Hoje’
TV Glovo/Acervo
Cyriaco Hespanhol, de 89 anos, conta que é um amigo de longa data do ‘Batistin’, como era chamado Léo Batista entre a garotada durante a infância em Cordeirópolis (SP).
“Toda vez que vinha a Cordeirópolis, se ele não me encontrasse em minha casa, deixava um bilhete carinhoso, afável e amigo”, contou com carinho. Ele tinha um gosto enorme pela profissão. Ele era muito admirado. Mas, para nós aqui, Cordeiropolenses, não se trata do Léo Batista. Para nós, é ‘Batistin’, que é o apelido que nós tínhamos quando jogávamos bola”, disse o amigo de infância.
Léo Batista
TV Globo/Acervo
Estudos em Campinas
Filho de imigrantes italianos, Léo Batista deixou o colégio interno aos 14 anos para ajudar a família. Mudou-se para Campinas (SP) para completar os estudos e trabalhou como garçom e faz-tudo na pensão do pai antes de se dedicar ao rádio.
Voz marcante
Dono de uma "voz marcante", como ficou conhecido, ele estava internado desde 6 de janeiro no Hospital Rios D'Or, na Freguesia, Zona Oeste do Rio. Ele foi diagnosticado com um tumor no pâncreas.
Em mais de 70 anos de carreira, Léo Batista deu voz a notícias como a morte de Getúlio Vargas e participou de quase todos os telejornais da TV Globo, onde trabalhou por 55 anos – até pouco antes de ser internado.
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